A Falta que nos Move
Um filme de Christiane Jatahy
CINEMA SÃO JORGE
20-21 novembro
horários a anunciar
A classificar pela CCE
A Falta que nos Move começou por ser uma peça de teatro. De 2005 a 2009, o espetáculo tinha em palco um elenco que preparava um jantar e esperava um convidado, conversando com o público sem deixar claro, em muitos momentos, os limites entre interpretação, realidade e ficção. O tempo da peça era o tempo real da ação.
Em 2008, filmou-se na véspera do natal – da noite do dia 23 de dezembro a manhã do dia 24 – um natal de amigos íntimos, em que memórias e revelações vêm à tona. Foram 13 horas de filmagem que resultaram em 39 horas de material bruto. Ao longo de um ano, Christiane Jatahy estudou, cortou as cenas segundo a segundo, e editou para transformar essas 39 horas em duas horas contínuas, sem elipses aparentes de passagem de tempo, para que o espectador achasse que foi exatamente aquilo que aconteceu naquela noite. A filmagem foi contínua e o filme parece um plano sequência, mas na verdade é uma grande colcha de retalhos que recria uma ideia de realidade. Um exercício de dobras sobre si mesmo, onde nem tudo é realmente como parece.
O filme esteve em alguns festivais internacionais estreou nos cinemas brasileiros em 2011. Teve um impressionante retorno do público para um filme autoral e experimental, foram mais de 20.000 pessoas que assistiram em onze semanas em cartaz.
Para a filmagem foram criados dez dispositivos:
1. Cinco atores
2. Um único set
3. Treze horas contínuas de filmagem
4. Três câmaras simultâneas
5. Atores dirigidos durante a filmagem por mensagens de texto
6. Atores à espera de uma pessoa que não sabem realmente se virá
7. Atores que seguem guiões, mas não conhecem todos os guiões uns dos outros
8. Comem, cozinham e bebem de verdade
9. Algumas histórias são reais, outras são inventadas
10. Ninguém pode sair aconteça o que acontecer
Com Cristina Amadeo, Daniela Fortes, Marina Vianna, Kiko Mascarenhas e Pedro Brício
Direção de fotografia: Walter Carvalho; Direção de arte: Marcelo Lipiani; Som direto: Leandro Lima e Marcel Costa; Câmaras: Lula Carvalho, David Pacheco, Guga Millet e João Atala; Desenho de som: Leandro Lima; Bando sonora original: Lucas Marcier, Rodrigo Marçal e Luciano Correa; Edição de imagem: Sergio Meckler e Christiane Jatahy; Mistura: Denílson Campos; Finalização: Thiago Arakilian e Raissa Albuquerque; Produção executiva: Gabriela Weeks; Produção: Flavio Ramos Tambellini e Christiane Jatahy
Estreia: Festival do Rio 2010.
Circulação: Exibição em sala (2012) em diversas cidades brasileiras, entre elas no Rio de Janeiro; Festival de Tiradentes (Brasil), Mostra de São Paulo (Brasil), Lisboa, Frankfurt, Hamburgo, Paris e Londres.