DCSIMG Faustin Linyekula ARTISTA NA CIDADE 2016

Faustin Linyekula

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© Andreas Etter

Bailarino e coreógrafo, Faustin Linyekula vive e trabalha em Kisangani, no nordeste da República Democrática do Congo, ex-Zaire, ex-Congo Belga, ex-Estado Independente do Congo… Após estudar literatura e drama em Kisangani, mudou-se para Nairobi em 1993 e em 1997 fundou, em conjunto com Opiyo Okach e Afrah Tenambergen, a companhia Gàara, a primeira companhia de dança contemporânea do Quénia. De volta ao Congo em junho de 2001, criou em Kinshasa os Studios Kabako, um espaço dedicado à dança e ao teatro visual, proporcionando programas de formação, bem como apoio à pesquisa e criação. Em 2006, os Studios Kabako foram transferidos para Kisangani e abraçaram novos campos artísticos: música, filme e vídeo. Memória, esquecimento e a supressão da lembrança – nos seus trabalhos, Faustin foca o legado de décadas de guerra, terror, medo e o colapso da economia para ele próprio, a sua família e os seus amigos. Faustin criou 15 peças com os Studios Kabako, que fizeram digressões pela Europa, África e América do Norte. Outras colaborações incluem um dueto com Raymund Hoghe (Sans-titre, 2009) e uma peça com 24 bailarinos para o Ballet de Lorraine, em Nancy (La Création du monde 1923-2012). Faustin ensina em África, na Europa (Impulstanz – Viena, PARTS – Bruxelas, CNDC Angers) e nos Estados Unidos da América (Universidade da Flórida – Gainesville, Universidade do Arizona – Tempe, Dartmouth College). Em 2007, foi-lhe atribuído o Grande Prémio da Fundação Príncipe Claus para a Cultura e o Desenvolvimento (Holanda). Em 2014, Faustin Linyekula e os Studios Kabako foram reconhecidos com o primeiro Prémio da Fundação CurryStone (E.U.A.) pelo trabalho desenvolvido em Kisangani. Ao mesmo tempo que ajuda a promover o trabalho de jovens artistas congoleses na área das artes performativas, da música e do vídeo, os Studios Kabako também trabalham com comunidades do distrito de Lubunga, na margem sul do rio Congo, nomeadamente em torno da questão da água potável. 2016 será o ano da inauguração em Lubunga de um centro cultural, juntamente com uma unidade piloto de tratamento de água.